Parque Nacional das Emas

Na sexta-feira (05/11) fiz uma viagem com destino ao Parque Nacional das Emas, próximo a cidade Chapadão do Céu, divisa entre Goiás e Mato Grosso do Sul. Fui com uma turma da UnB.

A gente partiu às 15:30h e chegamos em Chapadão do Céu às 3:00h! O motorista se perdeu umas 4 vezes durante a viagem...

O combinado era de acampar no Parque mesmo... mas como chegamos tarde, acampamos no quintal do nosso guia. Fomos dormir às 5:00h... às 7:00h estávamos a caminho do Parque pra fazermos as trilhas.

Era 8:00h quando chegamos no Parque. Fizemos alongamento, falamos das instruções, dos cuidados - lá tem cobras (sucuri!!), onça parda, lobo guará - e das observações que deveríamos fazer do cerrado. Todo mundo passou protetor solar... menos EU!

A gente viu formiga que equivale a uma aranha... o guia disse que se uma pessoa levar uma picada dessa formiga, sente tanta dor que faz "cocô na calça"!

Vimos também, muitas árvores que são matérias primas pra fabricação de medicamentos; árvores naturais do Cerrado; vimos um monte de pegadas de bichos.

A gente andou das 8:30h até às 15:00h... e eu no solzão de rachar sem protetor! 

Quase no final da trilha, a gente entrou no rio Formoso... uma delícia! Água gelaaada, mas muito boa!

Gente, fiquei muito vermelha! Meu rosto, meus braços... metade das minhas pernas... triste!

Quando terminamos a trilha, a gente foi comer. Depois que fizemos o lanche, descansamos uma hora, mais ou menos, e partimos para a segunda trilha.

Massa demais andar no cerrado molhado... muitas plantas lindas, árvores, flores cheirosas. No final dessa trilha, tinha a continuação do rio Formoso, mas com menos correnteza e mais fundo.

Fiz um ramo com algumas plantas secas, que via pelo caminho, de lembrança pro Tiago. Ficou bem bonitinho!

Ficamos no Parque até escurecer pra vermos um fenômeno chamado Bioluminiscência. No Brasil, só no Parque Nacional da Emas que existe esse fenômeno e nessa época do ano! No Parque existe 55 espécies de cupins... os cupins de lá são muito altos! Chegam a medir 2 metros e 50cm. Somente 1 dessas 55 espécies fazem a Bioluminiscência. 

Era 21:00h quando escureceu no Parque! Parece mentira! Ecurecer às 21:00h! hehe

Então, a gente foi procurar cupim com bioluminiscência... enquanto a gente procurava, ouvimos lobo guará ladrando! Muito legal!

Encontramos vários cupins cheio de luzinhas... era a bioluminiscência! É assim... as larvinhas dos vaga lumes ocupam os orifícios do cupim com o objetivo de atrair insetos pra comer. Como os insetos se sentem atraídos? As larvinhas ficam acesas! Ficam verdes fluorescentes!

O cupim parece uma árvore de Natal! Cheio de luzinhas, que são as larvinhas!

Parace o céu cheio de estrelas!

É lindo!!!

Cheguei pertinho de uma larvinha... ela estava se acomodando! Estava arranjando uma posição melhor pra cabeça... assim ela poderia comer insetos direitinho!

Como nós estamos envolvidos com a educação ambiental, o objetivo da viagem era o de observar e conhecer um pouco do cerrado. 

Em agosto desse ano, o Parque teve 93% de seu território queimado. Em três meses (Novembro,  mês que visitei o Parque) a vegetação estava em sua grande maioria, regenerada.

Foi muito bom ver a diversidade do cerrado... esse bioma tem várias faces. Cada face dá continuidade à outra. No Parque vimos as faces: cerrado seco, o cerrado molhado, o cerrado úmido, o cerradão.

Fiquei doida pro Tiago ir junto comigo... mas só aluno que podia. Um dia a gente anima de ir com a família toda!

Deus fez a natureza tão perfeita, tão linda! É maravilhoso admirar!

Obrigada, Deus!